Cabergolina é indicada para: (1) tratamento de aumento de prolactina (hormônio responsável pela produção de leite), assim como disfunções associadas à hiperprolactinemia (aumento dos níveis de prolactina), como amenorreia (ausência de menstruação), oligomenorreia (redução do fluxo ou da frequência da menstruação), anovulação (ausência de ovulação) e galactorreia (produção de leite fora do período de gestação e lactação); (2) inibição da lactação fisiológica (interrupção da produção de leite em mães que não amamentaram), imediatamente após o parto; (3) supressão da lactação (interrupção da produção de leite em mães que já iniciaram a amamentação) já estabelecida. Cabergolina também é indicada a pacientes com adenomas hipofisários (tumores benignos da hipófise) secretores de prolactina (micro e macroprolactinomas), hiperprolactinemia idiopática (aumento dos níveis no sangue de prolactina sem motivo aparente) ou síndrome da sela vazia (doença caracterizada pela ausência da hipófise, glândula produtora de prolactina) com hiperprolactinemia associada.
Como este medicamento funciona?
Cabergolina inibe a produção de prolactina de maneira potente e prolongada. Cabergolina é uma medicação agonista da dopamina, que age na hipófise impedindo que haja produção da prolactina.
Quando não devo usar este medicamento?
Este medicamento é contraindicado para pacientes: (1) com hipersensibilidade (reação alérgica) à cabergolina, a qualquer alcaloide do ergot ou a qualquer outro componente da fórmula; (2) com histórico de distúrbios fibróticos retroperitoneal, pulmonar e cardíaco, incluindo evidências de valvulopatias; e durante o aleitamento ou doação de leite, pois não se sabe se é excretado no leite humano e pode causar reações indesejáveis no bebê.
O que devo saber antes de usar este medicamento?
Este medicamento inibe a produção de leite humano. Seu médico deve apresentar alternativas para o seu tratamento ou para a alimentação do bebê. Não use cabergolina caso deseje amamentar seus filhos, pois o uso do medicamento previne a lactação. Em caso de falha da inibição ou da supressão da produção de leite, não amamente o seu bebê. Muitos medicamentos são excretados no leite humano e há um risco potencial de cabergolina causar graves reações adversas em crianças lactentes. Cabergolina é contraindicada para pacientes com alguns tipos de problemas cardíacos e/ou respiratórios. Informe ao seu médico se você tem ou teve sinais e/ou sintomas de problemas cardíacos ou respiratórios. Recomenda-se que seja realizada avaliação cardiovascular nos pacientes que iniciarem o tratamento com cabergolina. Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. Cabergolina pode levar a uma hipotensão postural, por isso seu uso concomitante com outros fármacos hipotensores deve ser cuidadoso. Não se recomenda o uso de cabergolina associado a outras medicações da sua classe (derivados do ergot), pois não estão disponíveis informações sobre interação entre os mesmos. Também não é recomendado o uso com medicações que tenham atividade como antagonista da dopamina, pois esses podem diminuir o efeito redutor de prolactina da cabergolina. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento?
Armazenar em temperatura ambiente (de 15 °C a 30 °C). Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Como devo usar este medicamento?
Cabergolina deve ser administrada por via oral, preferencialmente com as refeições. Para o tratamento de distúrbios hiperprolactinêmicos, a dose terapêutica é normalmente de 1 mg por semana, podendo variar de 0,25 mg a 2 mg por semana, com casos que podem exigir até 4,5 mg por semana. O tratamento inicia com 0,5 mg por semana, administrado em uma ou duas doses. A dose pode ser aumentada mensalmente com 0,5 mg até que se alcance a dose adequada, que normaliza os níveis de prolactina em 2 a 4 semanas. Para a inibição da lactação, a dose é de 1 mg em dose única no primeiro dia pós-parto. Para supressão da lactação, a dose é de 0,25 mg a cada 12 horas por 2 dias. Pacientes com insuficiência hepática devem usar as menores doses do medicamento. É importante seguir a orientação do seu médico, respeitando horários, doses e duração do tratamento.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?
Caso você esqueça de tomar cabergolina no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Quais os males que este medicamento pode me causar?
Os eventos adversos mais frequentes relacionados ao uso de cabergolina incluem tontura/vertigem, dor de cabeça, náusea, dor abdominal, palpitações, dor epigástrica, sonolência, epistaxe (sangramento pelo nariz), hemianopsia (alteração da visão), hipotensão assintomática, vômitos, síncope (desmaio) e rubores (vermelhidão no corpo). Esses eventos adversos foram geralmente de grau leve a moderado e surgiram principalmente durante as primeiras duas semanas de terapia.
O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste
medicamento?
Em caso de uso de uma quantidade maior do que a indicada de cabergolina, deve-se procurar atendimento médico imediato. Os eventos adversos podem incluir tontura, náusea, dor de cabeça, palpitações, entre outros, e a remissão das reações adversas é normalmente rápida após a suspensão do medicamento.